Foram consideradas como diretrizes de sustentabilidade no desenvolvimento dos projetos as seguintes premissas por categoria:
Com o intuito de minimizar os impactos ambientais decorrentes da construção do edifício,
diversos cuidados foram tomados durante as etapas de projeto e construção, com destaque para:
- Implementação de diversas estratégias para prevenir a saída de sedimentos e os impactos da construção,
com destaque para: a construção de um sistema lava rodas na entrada de acesso à obra; implementação de um
sistema de lava bicas móvel; a proteção de taludes e encostas, mesmo que temporário; a minimização da poeira gerada
com aspersão de água; a retirada de sólidos suspensos antes do descarte das águas na rede de água pluvial; estabilização de vias;
proteção das espécies vegetais existentes, entre outras.
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- Escolha do terreno para construção em área urbana consolidada, com pleno aproveitamento
da infraestrutura local: fácil acesso ao transporte público bem como a presença de serviços básicos
diferenciados em suas proximidades (bancos, restaurantes, academias, entre outros).
- Disponibilização de bicicletário e vestiários para os usuários do edifício;
- Presença de vagas preferenciais para veículos com baixa emissão e baixo consumo;
- O projeto paisagístico privilegiou áreas livres de construção no terreno, promovendo o aumento da biodiversidade;
- Vagas de estacionamento projetadas nos subsolos e aplicação de material com alto Índice de Refletância Solar
(SRI) na cobertura do edifício a fim de minimizar os efeitos das ilhas de calor.
Afim de reduzir o consumo de água potável do empreendimento as seguintes premissas foram adotadas:
-Instalação de torneiras e chuveiros com baixa vazão, bacias sanitárias à vácuo e mictórios com fechamento automático;
-Emprego de espécies vegetais de baixo consumo e/ou adaptadas para o paisagismo, que demandam menor quantidade de água;
-Captação e aproveitamento das águas pluviais para irrigação;
-Implantação de um sistema de irrigação eficiente utilizando fonte de água não potável (água pluvial e de condensação do sistema de climatização).
-O consumo de água é monitorado e controlado através de um sistema de automação predial;
Com as estratégias descritas acima foi possível estabelecer uma
redução de cerca de 49% no consumo de àgua potável em sanitários e de 100% no consumo de água potável no sistema de irrigação.
O Centro Corporativo Portinari, foi concebido com foco no desempenho energético.
A fim de alcançar uma redução de mais de 36% no consumo de energia, foram implementadas diversas estratégias no projeto. Dentre elas destacam-se:
-Comissionamento dos sistemas que demandam energia, afim de assegurar que os sistemas especificados no projeto foram
instalados e calibrados corretamente e que as equipes que irão operar o empreendimento possuam informações sobre os
sistemas e que foram treinadas corretamente;
-Fachada projetada para diminuição da carga térmica do edifício;
-Sistema de climatização eficiente com a instalação do sistema VRF com controle setorizado de temperatura;
-Elevadores de alta performance com sistema de antecipação de chamada, que proporciona menor tempo de espera e maior economia no consumo de energia;
-Simulação energética computacional do empreendimento para comprovação das especificações de projeto;
-Sistema de gerenciamento de iluminação com lâmpadas LED de alta eficiência;
-O consumo de energia é monitorado e controlado através de um sistema de automação predial;
-Geração de energia renovável por meio da instalação de placas fotovoltaicas na cobertura do edifício, sendo prevista a geração anual de 92.564,00 kWh.
Com as estratégias descritas acima foi possível demonstrar que o projeto proposto alcançou economia de 36% no custo anual de energia
em relação aos parâmetros de um modelo de referência (denominado baseline).
Dentre as diversas medidas previstas e implantadas no decorrer da obra destacam-se:
-Previsão de um Depósito Central de Resíduos (recicláveis e não recicláveis) para facilitar a gestão de resíduos durante o uso e a operação do edifício;
-76,35% dos resíduos gerados na construção foram desviados de aterro ou “bota fora”, sendo encaminhados para reciclagem ou reaproveitamento;
-Utilização de material com conteúdo reciclado presente nos principais insumos da curva ABC do empreendimento.
Cerca de 11,8% dos materiais incorporados, em custo, são reciclados;
-Priorização pela aquisição de materiais regionais, extraídos, beneficiados e manufaturados em um raio inferior a 800 km do empreendimento;
-Utilização de madeira com a certificação Forest Stewardship Council (FSC), sendo 54% da madeira incorporada ao empreendimento certificada FSC.
O projeto adotou diversas estratégias para garantir a qualidade dos ambientes no decorrer da obra. Dentre elas destacam-se:
-O projeto de ventilação mecânica demonstrou atendimento as exigências normativas, especificamente quanto à qualidade do ar,
sistemas e equipamentos, taxas de renovação de ar e condições de início de operação do sistema;
-Sistema de exaustão com controle de CO nos subsolos;
-Comunicação visual através de placas de sinalização em pontos estratégicos informando da proibição do fumo nas áreas internas e externas
(a uma distância mínima de 8 metros de qualquer tomada de ar e entradas do edifício) do empreendimento;
-As taxas de renovação de ar nos ambientes estão excedendo em 30% as vazões mínimas exigidas as vazões mínimas exigidas pela ASHRAE Standard 62.1-2007.
-Redução dos impactos gerados pelas atividades geradoras de poeira e outras emissões, implementando um Plano de Gestão da Qualidade Interna do Ar,
priorizando atividades como: limpeza periódica do canteiro com aspersão de água, utilização de exaustores para ventilação de ambientes internos,
utilização de lixadeiras com coletor de pó integrado nos serviços de pintura, utilização de disco de corte com dispositivo que libera água para
redução da poeira gerada durante o corte de cerâmicas, porcelanatos e blocos, etc.
-Diminuição da quantidade de contaminantes no ar e nocivas à saúde dos colaboradores da obra e usuários com a aquisição de adesivos, selantes,
tintas e revestimentos com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis no ambiente;
-Promoção da conexão com o exterior aos ocupantes do edifício, por meio de um projeto que privilegiou o acesso visual às áreas externas do empreendimento.